quarta-feira, 14 de junho de 2006

De todas as dores do mundo...


De todas as dores que já pude sentir, hoje, em primeiro lugar, está a dor da saudade...

Hoje estou num outro país. Aprendendo uma nova língua, cultivando uma nova cultura, aprendendo e tentando apreender novos ensinamentos.

Hoje sou uma imigrante. Como foram meus pais, irmãs e irmão quando chegaram no Brasil em meados dos anos 60.

Minha mãe... que falta me faz pegar na sua mão e ficar sentada juntinho dela, curtindo o seu calor.

Minha família, como sinto falta de estar com todos eles. Falta das festas em família, do carinho, da presença e do amor incondicional...

Hoje sinto falta do abraço dos amigos. Das conversas. Das noites de cantoria. Da roda de amigos.

Hoje sinto falta do olhar dos brasileiros. Não há olhar como esse em lugar algum do mundo...

Hoje penso (muitos vão dizer: absurdo!!!) na falta que me faz aquele pastelzinho de feira (qualquer um com catupiry). Na saudade daquele cheirinho da mortadela brasileira (sem intenção de fazer propaganda, mas ahhhh que saudade da Ceratti).

São coisas pequenas...

Dizem que a gente só dá valor quando perde. Na verdade, nem precisei perder... pq sei que tudo isso está lá ainda. Está no meu lindo Brasil. Meu valoroso e valioso Brasil!

Mas prometo, estarei de volta logo para matar essa saudade que me mata! Não voltarei para sempre (afinal escolhi ser imigrante/emigrante!!!), mas viverei cada instante, cada abraço, cada carinho que a vida me proporcionar... e comerei mais pastéis com catupiry e sanduíches de mortadela do que possa aguentar :o).

Enquanto isso, minha vida aqui continua. E não posso reclamar dela. Afinal, estou feliz!

Mas isso é um assunto para um outro dia...

Apenas viver...

De tanto tentar entender as coisas, acabei por não tentar entender mais nada.

Melhor viver um dia de cada vez. Realizar uma coisa de cada vez. E ser feliz!

É assim que são as coisas. Simples! Então, pra que complicar?

Se bem que de vez em quando... bate aquela falta de senso e nos leva a complicar tudo de novo.

Maluco esse papo? É, também acho. Mas assim somos nós. Apenas seres humanos. Propensos a errar. Dispostos a corrigir.

Só não me pergunte o porquê desse papo. Não tem motivo. Sem coerência. Apenas deu vontade de sair do meu normal :o).

Se pudesse voltar no tempo...


Outro dia, ouvindo a música Rua Ramalhete, tive a exata sensação de voltar no tempo...

Tempos em que não existia o tal do ficar. Tempos em que existia o bailinho com vassouras... Falando assim, parece que faz muito tempo, né? Mas nem faz tanto tempo não.

O que posso dizer é que era muito bom. Era tudo muito inocente. A gente era pedida em namoro e podia pedir pra pensar... era o charminho da época :o).

O primeiro beijo, o primeiro toque, a primeira transa, o primeiro amor tinham uma intensidade diferente... traziam um tremor diferenciado.. um bater louco do coração. Pelo menos para mim.

Sei que de nada adiantaria voltar no tempo se eu não tivesse as experiências que tive nesses últimos anos, mas gostaria de poder assistir a tudo novamente. Um filme da minha vida, em que eu pudesse relembrar alguns detalhes...

Ahhh, se eu pudesse voltar no tempo, gostaria de rever meus velhos amigos de pré e voltar a brincar, inocentemente, de "beijo, abraço, aperto de mão"...

Se pudesse voltar no tempo, queria muito poder abraçar as pessoas que deixei de abraçar e dizer o quanto as amei e amo...

Se eu pudesse voltar no tempo, tomaria os banhos de chuva dos quais fugi, diria mais "sim´s" aos pedidos de namoro e curtiria a vida sem pré-conceitos.

Conheçam a música Rua Ramalhete – Composição de Ney Azambuja e Tavito:

Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes
O amor anotado em bilhetes
Daquelas tardes
No muro do Sacré-Coeur
De uniforme e olhar de rapina
Nossos bailes no clube da esquina
Quanta saudade
Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer dentro do vestido
Vamos deixar tudo rolar
E o som dos Beatles na vitrola
Será que algum dia eles vêm aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir

Contos de fada...

Quem não sonha com um monstro que se transforma num lindo príncipe, como no caso da Bela e a Fera?



Esse sonho não é um privilégio somente de adolescentes. Mulheres (e homens!!!) de todas as idades sonham com isso.



Infelizmente, a realidade não tem se mostrado muito favorável aos sonhos. Mas por que será? Será que as mulheres andam fazendo exigências altas demais? Será que os homens é que não estão conseguindo se transformar no príncipe encantado? Ou será que a mídia é que nos faz sonhar demais e viver de menos?



Pessoas, acho que está na hora de viver! Deixar de lado os contos de fada e tentar encontrar sua outra metade entre os seres humanos normais.



Eu tenho vários amigos e amigas a fim de encontrar a sua metade. Alguém quer conhecê-los? Alguém quer fazer parte da listinha?



Fiquem à vontade e usem meu fotoblog para deixar seus e-mails :o).



Quem sabe consigo comer bolo ainda este ano... rs.

Um único amor...

Anteontem, Dia dos Namorados no Brasil, me veio a idéia que eu procurava há dias para conseguir postar.

Me lembrei de quando fui a Curitiba e conheci um cisne... um bichinho que nadava solitariamente no lago do Parque das Pedreiras, onde fica o teatro Ópera de Arame.

Eu perguntei ao homem que tomava conta do lugar o porquê de, num lago tão grande, só haver um cisne.

Ele me disse que aquele cisne havia ganho uma companheira, mas que ela havia falecido e, desde esse dia, ele nunca mais aceitara outra companhia, apesar das diversas tentativas. Disse que os cisnes são fiéis ao primeiro (e único) amor.

Na época achei os cisnes muito radicais...